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Amazonas

Secretaria de Educação reduz índice de distorção idade-ano no Amazonas por meio do programa Avançar

3 de novembro de 2025
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Ações do programa contribuem diretamente na recomposição das aprendizagens e na regularização das trajetórias escolares

FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Cerca de 1,2 mil estudantes da rede estadual de ensino estarão, até o fim de 2025, com a defasagem idade-ano escolar corrigida por meio da implementação do Programa de Correção de Fluxo Escolar – Avançar na rede estadual de ensino. O Programa Avançar é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar com o objetivo de regularizar o processo de escolarização dos estudantes do Ensino Fundamental que estejam, no mínimo, dois anos em situação de distorção idade-ano escolar.

O Programa oferece a formação de turmas, organizadas em três fases, que contam com um número menor de estudantes, possibilitando um trabalho mais direcionado que atenda as especificidades dos estudantes. As turmas da primeira fase (anos iniciais) atendem estudantes de 08 a 14 anos, sem escolaridade, alfabetizados e/ou não alfabetizados (matriculados inicialmente no Ensino Fundamental); estudantes de 09 a 14 anos oriundos do 2º ano; estudantes de 10 a 14 anos oriundos do 3º ano e estudantes de 11 a 14 anos oriundos do 4º ano do Ensino Fundamental.

Na Fase 2 (anos finais) estão os estudantes de 13 a 14 anos oriundos do 6º ano do Ensino Fundamental. A Fase 3 (anos finais), por sua vez, compreende estudantes de 14 a 15 anos, oriundos do 7º ano do Ensino Fundamental; estudantes com até 15 anos, oriundos da Fase 2 e estudantes de 15 a 16 anos, oriundos do 8º ano do Ensino Fundamental. Essas turmas são formadas logo no início do ano letivo, a partir de análise da Gerência de pesquisa e estatística, a qual fornece informações apontando escolas em que é possível abrir turmas do Programa.

“Esse programa nasce justamente do compromisso do Estado com o direito de que todos os estudantes tenham assegurada uma educação de qualidade, conforme está previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A correção de fluxo não é apenas uma estratégia pedagógica, mas uma ação de justiça social, que busca garantir equidade, permanência, e uma aprendizagem significativa”, ressaltou a gerente de Ensino Regular da Secretaria de Educação, Keylah Adriana.

A análise dos dados mostra avanços significativos obtidos pela rede estadual do Amazonas desde a implementação do Programa Avançar. Em 2014, a distorção idade-ano no Ensino Fundamental era de 12,08% nos Anos Iniciais e 34,7% nos Anos Finais; em 2024, caiu para 5,1% e 16,9%, respectivamente, de acordo com dados do Ministério da Educação. A redução expressiva evidencia o impacto positivo das ações do Programa na recomposição das aprendizagens e na regularização das trajetórias escolares.

Em 2025, o público atendido pelo Programa está dividido em 58 turmas em todo o Estado, sendo que três delas estão na Escola Estadual (EE) Osmar Pedrosa, localizada no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus. Estas turmas, formadas desde o início do ano letivo, totalizam 74 estudantes que, ao fim do ano letivo, terão a possibilidade de corrigir o fluxo. A unidade de ensino trabalha com o projeto desde 2015, e conseguiu diminuir consideravelmente a quantidade de estudantes em situação de distorção idade-ano escolar.

FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

“Hoje, na nossa escola, nós temos uma taxa praticamente zero de discrepância idade-série, e esse objetivo foi alcançado ao longo de dez anos, um trabalho intenso coordenado pela equipe pedagógica da escola, com foco em estabelecer metas claras e alcançar o objetivo que era justamente eliminar essa defasagem. A escola hoje tem, no seu corpo discente, alunos dentro da sua idade-ano escolar adequadamente”, destacou o administrador escolar, Antônio Lopes.

Educação e inclusão

Muitos são os fatores que contribuem para a distorção de idade-ano escolar no Ensino Fundamental. O programa Avançar atende, dentre outras especificidades, estudantes vindos do interior do estado que começaram a estudar já na idade incorreta, e imigrantes que chegaram ao país sem documentação. Nesses casos, é necessário integrar os estudantes no ambiente escolar desde a alfabetização. Por conta disso, o Avançar utiliza uma estratégia pedagógica com perspectiva de desenvolvimento integral, considerando os aspectos cognitivo, físico, social, cultural e emocional dos estudantes matriculados.

Para a professora Doralice Araújo, que acompanha a turma da primeira fase do programa Avançar na EE Osmar Pedrosa, as aulas precisam ser construídas pensando que as crianças e os jovens estão no processo de recuperação das aprendizagens.

“Na minha metodologia eu trabalho com jogos, trabalho também com fichas de leituras, e eu converso muito com os estudantes, porque a minha preocupação é que eles entendam a importância dos estudos e da educação”, destacou a professora.

FOTOS: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

A professora Dalila Martins, que lecionou durante 6 anos aulas para as turmas do programa Avançar, hoje compartilha em congressos nacionais e internacionais o resultado de suas práticas pedagógicas, como a utilização de jogos digitais e artesanais na consolidação da tabuada de matemática para turmas da primeira fase do programa, e projetos de estímulo à leitura por meio de ferramentas digitais.

“Para trabalhar projetos como o Avançar, o professor precisa ter um olhar especial, então a gente percebeu que muitos estudantes começavam a estudar com essa distorção de idade por falta da certidão de nascimento, muitos vinham de interior, de outros países, não tinham a certificação nacional, e percebemos a necessidade de trabalhar esse reconhecimento do nome por meio de projetos de incentivo a leitura”, reitera a educadora, que também reforçou a importância de iniciativas como o Programa Ciência na Escola para o fortalecimento do Avançar.

Assuntos Agência Amazonas, Governo do Amazonas, Governo Wilson Lima, SECOM
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